Sinopse
Retrato límpido e comovente do purgatório que é a vida dos homens e da busca que cada um empreende pela redenção.

Num prédio encostado à praia, homens, mulheres e crianças – vizinhos que se cruzam mas se desconhecem – andam à procura do que lhes falta: um pouco de paz, de música, de calor, de um deus que lhes sirva. Todas as janelas estão viradas para dentro e até o vento parece soprar em quem lá vive. Há uma viúva sozinha com um gato, um homem que se esconde a inventar futuros, o bebé que testa os pais desavindos, o reformado que constrói loucuras na cave, uma família quase quase normal, um padre com uma doença de fé, o apartamento vazio cheio dos que o deixaram. O elevador sobe cansado, a menina chora e os canos estrebucham. É esse o som dos dias, porque não há maneira de o medo se fazer ouvir.
A semana em que decorre esta história é bruscamente interrompida por uma tempestade que deixa o prédio sem luz e suspende as vidas das personagens – como uma bolha no tempo que permite pensar, rever o passado, perdoar, reagir, ser também mais vizinho. Entre o fim de um ano e o começo de outro, tudo pode realmente acontecer – e, pelo meio, nasce Cristo e salva-se um homem.
Embora numa cidade de província, e à beira-mar, este prédio fica mesmo ao virar da esquina, talvez o habitemos e não o saibamos.
Com imagens de extraordinário fulgor a que o autor nos habituou com o seu primeiro romance, Debaixo de Algum Céu retrata de forma límpida e comovente o purgatório que é a vida dos homens e a busca que cada um empreende pela redenção.

Debaixo de Algum Céu foi o vencedor do prémio LeYa 2012.
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Detalhes

  • ISBN: 9789896603854
  • Editora: LEYA
  • Ano de Edição / Impressão: 2015
  • Dimensões: 190 x 125 x 11 mm
  • Páginas: 208
O autor
Nuno Camarneiro nasceu na Figueira da Foz em 1977. Licenciou-se em Engenharia Física pela Universidade de Coimbra, trabalhou no CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) e doutorou-se em Ciência Aplicada ao Património Cultural pela Universidade de Florença. Actualmente é docente da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.
Em 2011 publicou o seu primeiro romance, No Meu Peito não Cabem Pássaros, saudado pela crítica, publicado também no Brasil, em França e em breve na Bulgária. Foi o primeiro autor escolhido pela Biblioteca Municipal de Oeiras, parceira portuguesa da iniciativa, para participar no Festival do Primeiro Romance de Chambéry, em França. Em 2012 venceu o Prémio Leya com o romance Debaixo de Algum Céu, a que se seguiram, em 2015, o livro de contos Se Eu Fosse Chão e o livro infantil Não Acordem os Pardais. Escreveu também para teatro, cinema e televisão e traduziu obras do francês e do italiano.
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